sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Holocausto dos tempos modernos

"O genocídio que atinge o povo da Palestina será recordado pelo tempo adiante como uma mancha repugnante na historia da humanidade. Menos transparente é outra realidade. A criação do Estado de Israel, responsável por esta tragédia , assenta sobre mitos que deturpam a historia. A acumulação e difusão desses mitos está na origem de situações, actos políticos e crimes que tornaram possível a repetição no inicio do século XXI de uma monstruosidade civilizacional. Apoiado pelos EUA, o Estado construído por vitimas do holocausto nazi concebe e executa um moderno holocausto. Nem a imaginação de um Sófocles ou de um Shakespeare concebeu tragédia comparável à que se abateu sobre as cidades e aldeias dos territórios governados pela Autoridade Nacional Palestiniana. Os bombardeamentos diários de áreas urbanas e rurais, a destruição das estruturas básicas da sociedade, como escolas, hospitais, edifícios administrativos, estabelecimentos comerciais, serviços de luz, água e comunicações, o assassínio de mulheres e crianças, o cerco à sede de Yasser Arafat em Ramallah, e chacinas colectivas como a de Jenin - serão pelo tempo afora recordados como exemplos da barbárie de um estado confessional responsável por uma das páginas mais repugnantes da história da humanidade. Na base delas está o mito básico, o mais trabalhado de todos, aquele que desencadeou o movimento do regresso dos judeus à "Terra Santa dos antepassados". E que aconteceu? Os israelenses ocuparam 75% do território, inviabilizando a criação do Estado Palestino. Quando a ONU tentou fiscalizar o cessar fogo, o bando terrorista Stern assassinou em Jerusalém o conde Bernardotte, secretario geral da organização. Em tempo brevíssimo 400 mil palestinianos foram expulsos das suas terras. Quase 500 aldeias foram arrasadas numa orgia de barbárie. Em poucas horas a Irgun massacrou 254 palestinianos na aldeia de Deir Yassin. Aterrorizar as populações, esvaziar a Palestina de árabes era o objectivo dessas acções de terror. Mais tarde, Menahem Beguin, que foi primeiro ministro, comentou assim a chacina por ele comandada: "O massacre não somente se justificou como o Estado de Israel não existiria sem essa vitoria". Sob essa apologia do genocídio transparece a política que Yossef Weitz, dirigente do Fundo Nacional Judaico, ondenou numa sentença monstruosa: "Entre nós deve ficar claro que não existe espaço para dois povos neste país(...) não ha outro caminho que não seja a transferencia dos árabes para os países vizinhos, a mudança de todos eles; nenhum deles, nenhuma tribo deve permanecer aqui. Três guerras com estados vizinhos irromperam desde a criação de Israel. Uma Resolução das Nações Unidas, entre todas famosa, a 242, de 22 de Novembro de 1967, intimou Israel a devolver os territórios ocupados pela força das armas. Outra, fundamental também, determinou o regresso dos refugiados aos lugares de onde haviam sido expulsos pelo exercito de Israel. A posição israelense sobre essas questões cruciais encontramo-la condensada num cínico comentário de Golda Meier: "Como vamos devolver os territórios ocupados? Não existe ninguém a quem devolver algo. Essa coisa a que chamam palestinianos não existe"." (in http://terrornapalestina.home.sapo.pt/genocidio.htm)

Um comentário:

a formiga disse...

Abolição da escravatura

A escravatura foi abolida em 25 de Fevereiro de 1860, tendo sido proclamada a abolição da escravatura em todo o império Português, sendo a mesma definitiva em 1878, agora passados 130 anos, um governo dito Socialista repôs a escravatura aos trabalhadores Portugueses, através da alteração do código de trabalho, tendo Sócrates e companhia, nomeadamente a UGT, contribuído para a imposição “feudal” dos interesses dos “grandes senhores deste pais”.